Discípulos de Andersen

• Albano Agner de Carvalho (1899-1992)
Nasceu em Almirante Tamandaré-PR. Pintor, desenhista, ilustrador e professor. Incentivado por sua mãe, aos 13 anos começa a estudar Desenho com Alfredo Andersen, cujo ateliê frequenta por 4 anos. Faleceu em Niterói, no Rio de Janeiro, onde passou os últimos anos de sua vida.

• Aníbal Schelleder (1891-1927)
Pintava paisagens e perspectivas urbanas. Deixou poucos trabalhos, sendo um dos únicos discípulos de Alfredo Andersen a chegar perto do estilo impressionista. Faleceu na Bahia em 1927.

• Augusto Pernetta (1902-1968)
Nasceu em Curitiba. Começou seus estudos com Andersen em 1924, dedicando-se ao estudo da pintura nas aulas de Modelo Vivo. Mostrava o vigor de sua personalidade em suas paisagens. Faleceu em Curitiba.

• Estanislau Traple (1893-1958)
Aprendeu a técnica da litografia e fazia disso sua profissão. Começou os estudos com Alfredo Andersen em 1916. Participou ativamente da vida cultural curitibana, e em 1948 foi convidado para lecionar na EMBAP, que estava sendo fundada. Faleceu em 1958.

• Frederico Lange de Morretes (1892-1954)
Nasceu em Morretes, e iniciou seus estudos com Alfredo Andersen aos 13 anos. Dedicou-se à pintura e à ciência. São de sua autoria os pinhões estilizados que aparecem nas calçadas de Curitiba. Morreu em Curitiba.

• Gustavo Kopp (1891-1933)
Nascido em Curitiba, matriculou-se contra a vontade dos pais na Escola de Alfredo Andersen, e revelou-se um artista talentoso. Torna-se um grande aquarelista, sendo bem recebido pela crítica nas exposições que realizou. Faleceu em Curitiba.

• Inocência Falce (1899-1984)
Foi aluna de Andersen de 1930 a 1935. Teve uma extensa produção representando flores e motivos da natureza, que não ficou conhecida pelo público devido a um incêndio que destruiu grande parte das suas obras durante o transporte entre Santos e Curitiba. Trabalhou na Escola República Argentina como professora substituta, depois da morte de Andersen.

• Isolde Hötte Johann (1902-1994)
Nascida em Curitiba, em 9 de outubro de 1902, foi aluna de Alfredo Andersen de 1917 a 1921. Depois, estudou com Lange de Morretes. Mais tarde, encontrou na cerâmica mais uma maneira de se expressar, quando começou a estudar com Adelaide Knauer. Possui uma extensa obra e, ao longo de sua carreira, participou de vários salões de cerâmica, inclusive do primeiro, em 1919.

• João Ghelfi (1890-1925)
Estudou com Andersen de 1907 a 1911. Teve um ateliê que se transformou num ponto de encontro de jovens intelectuais da época. Participou do Movimento Paranista junto com João Turin e Lange de Morretes. Deixou poucas obras, e ficou conhecido pela qualidade de seus retratos.

• José Daros (1898-1981)
Fez os primeiros estudos em Curitiba, na Escola de Aprendizes e Artífices, frequentando aulas de desenho e entalhe em madeira. Depois estudou desenho e pintura com Alfredo Andersen. Assumiu a cadeira de Desenho do Ginásio Regente Feijó. Faleceu em Curitiba com 82 anos.

• Lydia de Marco (1914-1993)
Nasceu em Palmeira, Paraná. Começou a estudar pintura com Alfredo Andersen aos 13 anos, incentivada pelos pais. Trabalhou como colorista para fotógrafos e só voltou a pintar em 1945, quando morava em Santos. Faleceu em Curitiba com 79 anos.

• Maria Amélia D’Assumpção (1883-1955)
Nasceu em Joinville-SC. Estudou pintura com Alfredo Andersen, que a considerava sua principal aluna. Foi desenhista, pintora e professora de arte. Faleceu em Curitiba, deixando flores e naturezas mortas de intensa sensibilidade e domínio técnico.

• Maria Sylvia Senff Palú (1917-2007)
Nascida em Curitiba, começou a estudar com Lange de Morretes, e, em 1933, matricula-se no curso de Desenho e Pintura da Escola Profissional República Argentina, onde teve aulas com Alfredo Andersen e Inocência Falce. Anos mais tarde, lecionou na mesma instituição, e foi colega de Maria Amélia D’Assumpção e amiga de Waldemar Freyesleben.

• Rodolfo Doubek (1906-1989)
Em 1921 começa sua vida profissional como pintor decorador, e, em 1930, decide aprimorar seus conhecimentos estudando pintura com Andersen. Conviveu com De Bona, Freyesleben e Traple. Depois passa a fazer litografia, chegando a realizar trabalhos de cartografia para o Estado. Faleceu em Curitiba.

• Raimundo Jaskulski (1915-1998)
Nasceu em Curitiba e frequentou a escola de Alfredo Andersen de 1933 a 1935. Nesse ano, mudou-se para Campo Largo, onde trabalhava pintando louças, mas sem deixar de produzir suas obras. Possui uma extensa obra pictórica e seus quadros estão em coleções particulares nos Estados Unidos, Alemanha e em diversas cidades brasileiras.

• Silvina Bertagnoli (1912-1975)
Silvina ainda estudava com Alfredo Andersen quando o artista faleceu, em 1935. Sua obra participou do I Salão Paranaense de Belas Artes, em 1994. Pintava naturezas mortas e paisagens paranaenses. Faleceu com 63 anos.

• Sinhazinha Rebello (1891-1973)
Nascida em Curitiba, Sinhazinha Rebello estudou pintura com Alfredo Andersen de 1930 a 1935. Pintava louças, tachos, cristais e flores com vivacidade. Doou suas obras para seus amigos, raramente comercializou um quadro. Faleceu em Curitiba, aos 82 anos.

• Theodoro De Bona (1904-1990)
Nasceu em Morretes, mas veio para Curitiba ainda criança. Foi aluno de Alfredo Andersen de 1922 a 1927. Ocupou a cadeira de Pintura na EMBAP, de onde foi diretor de 1970 a 1974. A partir de então, realizou exposições coletivas e individuais, e lançou o livro Curitiba – Pequena Montparnasse. Faleceu em Curitiba, com 86 anos.

• Waldemar Curt Freyesleben (1899-1970)
Estudou com Alfredo Andersen de 1916 a 1920. Participou da fundação da EMBAP e integrou o corpo docente como professor de Perspectiva e Sombra, e, mais tarde, de Pintura. Participou de exposições em vários estados brasileiros e na Argentina. Faleceu em Curitiba, com 71 anos.

• Thorstein Andersen (1905-1964)
Nasceu em Restinga-Seca, no município de Palmeira-PR. Filho de Alfredo Andersen, começou a estudar aos 12 anos, com o pai. Pintava retratos e paisagens. Em 1919, com 14 anos, participou do 1º Salão de Belas Artes de Curitiba e foi contemplado com um prêmio em dinheiro.

Após o falecimento de seu pai, assume a direção da Escola e as aulas de Desenho e Pintura. Passa então a lutar pela criação do Museu Alfredo Andersen, e funda a Sociedade Amigos de Alfredo Andersen. O museu é criado e, em 1959, ele é nomeado o primeiro diretor do MAA, cargo que exerceu até 1962. Faleceu em 1964, em Curitiba.