Fotografia autoral: conheça a oficina com o professor Christian Schönhofen 02/07/2019 - 16:53

 

Aulas podem ser feitas apenas com o celular; novas turmas abrem em julho

 Quando tinha oito anos, entre um mergulho e outro no mar de Garopaba (SC), o arquiteto Christian Schönhofen ganhou uma câmera polaroid. Começou a fotografar — sobretudo o mar — e nunca mais parou. Hoje, se divide entre a sua profissão de formação com as imagens de beach photography (ou "fotografia de praia", que divulga no Instagram @wavebros), além de lecionar na Academia Alfredo Andersen do Museu Casa Alfredo Andersen o curso de Fotografia.


O professor Christian foca no desenvolvimento da linguagem autoral dos alunos.

As aulas, que ocorrem sempre às terças-feiras à noite, focam muito mais na formação de uma linguagem dos futuros fotógrafos do que na técnica propriamente dita — tanto é que, para participar das aulas, não é necessário ter uma câmera profissional; o aluno consegue se virar bem com o próprio celular. "Passo as técnicas básicas da fotografia, que é uma base para produzir trabalhos autorais. Por isso a gente estuda mecanismos de criatividade, história da fotografia, analisa trabalhos de fotógrafos famosos dentro da história, movimentos de fotografia. O tempo é curto para a quantidade de assuntos", conta Christian.

Aprofundamento

Outro mecanismo usado pelo fotógrafo nas aulas é utilizar teorias do cinema para que os alunos aprendam a construir narrativas com as fotos. "Não adianta ensinar a fotografar se não tiver o que falar com isso", ressalta. Para que se chegue a esse resultado, Christian, que é conhecido entre os alunos pela exigência, sempre passa trabalhos para serem realizados extra-classe. "Dependendo da aula peço quatro fotos junto com um texto bem curto, que mude ou reforce o contexto das imagens", explica.

Para a aluna Ariana Labre, que é artista visual e também fotógrafa, o curso é enriquecedor também para quem já trabalha na área, por aprofundar muitos assuntos e abrir o campo de percepção sobre o que é fotografia autoral. "O Christian tem um trabalho muito legal e estuda muito. Tudo o que ele apresenta enriquece a bagagem que todos nós temos".  

As alunas Andrea Beja e Simone Avelleda, além de salientarem a riqueza das referências repassadas pelo professor, elogiam outras questões como horário e custo. "Os cursos de fotografia são muito caros, não cabia no bolso. Aqui é super acessível", diz Simone. "O fato de não precisar de câmera também foi um incentivo grande para eu procurar o curso", fala Andrea, que já fez outras oficinas,  como Cerâmica e Pintura, no MCAA.


Imagem feita pela aluna Andréa Beja com a câmera do celular: não é necessário equipamento profissional para participar das aulas.

Christian faz um paralelo das aulas de Fotografia com uma autoescola: "ensino a dirigir e indico lugares legais para ir. Então ensino a técnica e o que você vai fazer com ela. A fotografia era vista como um instrumento científico de registro e libertou os pintores para fazer coisas abstratas, porque a pintura tinha essa função. Mas logo a fotografia também começou a ser usada como suporte de arte. É aí que eu entro: o que se pode fazer além de ser só um registro?  A fotografia é uma maneira de mostrar e criar mundo", frisa o professor.

 

Serviço:

Oficina de Fotografia

Academia Andersen

Terças-feiras, das 18h30 às 21h45.

Investimento: R$ 100 mensais.

**Novas turmas: inscrições a partir  da 2ª quinzena de julho de 2019.

Informações: (41) 3222-8262.

 

Museu Casa Alfredo Andersen

Rua Mateus Leme, 336. Centro. Curitiba/PR

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