Educador
Alfredo Andersen foi, acima de tudo, o grande animador das Artes Plásticas no Paraná.
Ensinou como um grande mestre; orientou tendências como um sábio. Ensinou competentemente e deixou que cada um, após aprender, seguisse o rumo que melhor servisse à sua inteligência e criatividade. Não exigiu subordinação de escolas, não impôs maneiras, não preferiu gêneros. Foi assim que o forjador de artistas desenvolveu o trabalho pioneiro na formação de algumas gerações de pintores, dos quais se destacam Estanislau Traple, Waldemar Curt Freyesleben, Frederico Lange de Morretes, Gustavo Kopp, Ghelfi, Theodoro De Bona, Maria Amélia D’Assumpção, Isolde Hotte e outros.
Quando em 1902 muda-se de Paranaguá para Curitiba passa a desenvolver com maior intensidade suas atividades de artista e professor.
Em seu primeiro ateliê, na Rua Marechal Deodoro em Curitiba, funda uma escola particular de desenho e pintura. Faz projetos para a criação de uma Escola Oficial de Belas Artes e assume as funções de professor de desenho da Escola Alemã e do Colégio Paranaense.
Em 1909 é convidado a assumir a direção das aulas noturnas da Escola de Belas Artes e Indústrias, onde, aproveitando a experiência, tem oportunidade de pôr em prática sua sonhada Escola Profissional de Desenho para Operários, espécie de Bauhaus provinciana, para formar operários especializados.
Não poupa esforços na sua luta pelo ensino das artes, apresentando sucessivamente vários projetos ao Governo do Estado, como o da Escola Técnica Primária e o da Escola Profissional de Artes, que acabam engavetados.
Prossegue, enquanto isso, ministrando aulas de desenho e pintura, organiza exposições coletivas com seus alunos, procurando passar para eles uma consciência profissional e um apurado senso crítico.
De seu ateliê-escola nasceria a “Pintura Paranaense” e, mais especificamente, o Objetivismo Visual na História da Arte no Paraná.
Em 1915 transfere seu ateliê para a Rua Conselheiro Carrão, atual Rua Mateus Leme, onde hoje é o Museu Alfredo Andersen.