Em 2023, o Complexo Alfredo Andersen, espaço que abriga o Museu Casa e a Academia Alfredo Andersen, continuou seu compromisso em divulgar as expressões artísticas entrelaçadas com a jornada do pintor Alfredo Andersen, o "pai da pintura paranaense". Até o início de dezembro deste ano, registrou-se a visita de 9461 pessoas às instalações do museu, onde puderam desfrutar de uma variedade de atividades culturais e exposições significativas.

Além das mostras permanentes das obras de Alfredo Andersen, o museu apresentou diversas exposições temáticas, coletivas ou individuais. Entre elas, destacam-se "Matéria e Memória", da pintora ítalo-brasileira Daniela Marton; "Espeleo Arte Histórica", uma mostra interativa vinculada ao 37º Congresso Brasileiro de Espeleologia; "A Pele da Terra", que exibiu gravuras do coletivo GRACON; e a instalação "Ciclo Contínuo", da multiartista mineira Eliana Brasil. Uma das recentes exposições foi "Apresentando os Gêneros da Pintura pelas obras de alunos de Alfredo Andersen", com curadoria da professora e pesquisadora Rosemeire Odahara, fortalecendo o legado do mestre na cena artística do Paraná e o caráter educativo da instituição.

Destaca-se também a rara adição ao acervo do museu: a obra "Porto de Cabedelo" (1892), que capturou a primeira visão de Alfredo Andersen ao chegar ao Brasil. Esta contribuição foi oficializada pelo casal de colecionadores Fernando Xavier Ferreira e Beatriz Ferroni Ferreira, no Palácio Iguaçu em maio de 2023.

Diversas atividades enriqueceram a programação do museu, incluindo palestras, visitas guiadas e leituras no Especial Mês da Mulher; o grupo de croquis urbanos Urban Sketchers; aulas de cerâmica com a renomada artista Norma Grinberg; workshops de crochê com Eliana Brasil; e palestras sobre sustentabilidade, integradas à programação da 21ª Primavera dos Museus.

O espaço também recebeu residências artísticas, promovendo intercâmbios culturais e valorizando artistas e projetos locais, como a residência do aquarelista João Paulo de Carvalho e o projeto "Artista Tempo Espaço", liderado pela fotógrafa Heloísa Vecchio, que registrou mais de 100 figuras da arte visual paranaense. O museu ainda acolheu a arte internacional, com a aquarelista japonesa Mayumi Taguchi, e abraçou a proposta inovadora do ArtistaAnonimo SA, projeto-performance realizado em anonimato.

Em seu movimento de descentralização da arte no Estado, o museu inaugurou o ArtCamp. Essa iniciativa visa difundir e imergir tecnicamente e culturalmente artistas visuais do interior do Paraná por meio de uma jornada que percorre os equipamentos culturais e museus na capital, focando em montagem museológica, expografia, iluminação, curadoria e pesquisa. O piloto do projeto contou com a participação de 11 artistas da cidade de Campo Mourão, no Centro-Oeste.

Em novembro deste ano, em parceria com a Fundação Cultural de Campo Mourão, o Museu Casa levou para o município a exposição “Pinceladas de Andersen”, no Museu Municipal Deolindo Mendes Pereira. A mostra apresenta 10 reproduções oficiais das obras de Alfredo Andersen.

O setor educativo do museu teve um ano de grandes conquistas em 2023, registrando um aumento de 178% no número de visitantes atendidos em comparação a 2022. O museu recebeu grupos de estudantes de diferentes faixas etárias, buscando compartilhar a história da arte paranaense por meio da vida e obra de Alfredo Andersen.

As tradicionais oficinas da Academia Alfredo Andersen reverberam o legado de Alfredo Andersen. Em 2023, a progressiva expansão para continuar oferecendo não apenas as tradicionais oficinas de pintura, cerâmica e desenho, mas também novas linguagens, como a poética da cerâmica, oficina de fotografia e grupos de leitura na Academia.

Serviço:

Museu Casa Alfredo Andersen
Rua Mateus Leme, 336 - Centro - Curitiba
De terça a domingo, das 10h às 17h