Museu Casa Alfredo Andersen reabre após revitalização 27/11/2018 - 09:40

Projeto recebeu R$ 700 mil da Renault do Brasil por meio do programa Paraná Competitivo

O museu que leva o nome do artista Alfredo Andersen foi todo repaginado e a reabertura aconteceu em 7 de dezembro de 2018. O projeto é uma realização da Secretaria de Estado da Cultura do Paraná (SEEC-PR), com recursos de R$ 700 mil destinados pela Renault do Brasil por meio do programa Paraná Competitivo.

A construção, localizada no bairro São Francisco, região histórica de Curitiba, foi tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná em 1971, tornando-se uma instituição administrada pelo poder público estadual, vinculada à Coordenação do Sistema Estadual de Museus (COSEM) da SEEC-PR.

A revitalização também contou com recursos adicionais de R$25 mil doados pela Sociedade Amigos de Alfredo Andersen. A entidade autônoma, que deu origem ao então Museu Alfredo Andersen, tem como objetivos principais cultuar a memória do artista e oferecer suporte nas mais diversas atividades do espaço. Há 26 anos, a Sociedade é presidida pelo bisneto do pintor, Wilson José Andersen Ballão. “Desejamos reverenciar todas as gerações Andersen que passaram pela casa. Não só os familiares, mas também os diretores, professores e funcionários, que, com muita dedicação, fizeram e fazem do museu a continuidade da obra de Alfredo, meu bisavô”, diz Ballão.

Novo Museu Casa Alfredo Andersen

Essa não é a primeira parceria entre o Governo do Paraná e a Renault do Brasil. Nos últimos quatro anos a empresa já contribuiu com a modernização da Biblioteca Pública do Paraná e também com o Centro Cultural Teatro Guaíra, que passou por obras de restauro pela primeira vez em sua história. 

Os recursos investidos no projeto de revitalização do museu de Andersen, por sua vez, contemplam uma nova expografia, identidade visual e proposta curatorial que culminam em um novo conceito, o de museu casa. Assim, o novo Museu Casa Alfredo Andersen (MCAA) valoriza o fato de Alfredo Andersen ali ter morado, trabalhado e lecionado. 

A nova arquitetura ao mesmo tempo que evidencia traços contemporâneos, também preserva a memória da casa. O projeto é assinado pela equipe da Ato1Lab, com coordenação da arquiteta e cenógrafa Biba Bettega e do designer e cenógrafo Richard Romanini. “A expografia combina formas e materiais que conferem leveza a um espaço facilmente decifrável e compreensível, utilizando técnicas e materiais contemporâneos, como aço e vidro. Nessa proposta, a Ato1Lab buscou um diálogo cuidadoso com a biografia da casa, buscando destacar a memória presente nos detalhes construtivos originais e na sua estrutura expressiva”, explicam os coordenadores.

De acordo com os curadores convidados para o projeto, Adolfo Montejo Navas e Eliane Prolik, a remodelação expográfica e conceitual abriga uma atenção estética diferente, mais próxima de nosso tempo. “Aliás, o museu de Andersen não só se moderniza e se reestrutura, mas se metamorfoseia em várias direções, como também cria novos focos de interesse em sua apresentação geral, em sua visualidade, almejando estreitar a relação do público para com a obra de Andersen”, comentam. 

 

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