O artista plástico Jefferson Svoboda é o novo residente do Museu Casa Alfredo Andersen 14/08/2024 - 18:28
O projeto de residência artística do Ateliê Alfredo Andersen, anexo ao Museu Casa, recebe Jefferson Svoboda para uma temporada de produção e pesquisa até 31 de agosto. Paranaense de nascimento, mas com forte influência carioca, o artista explora em suas obras a relação entre espaço, história e transformação cultural, usando cores vibrantes e formas abstratas.
Svoboda se descreve como "cria do Guaíra" e reflete sobre a migração que o levou do Paraná ao Rio de Janeiro aos 11 anos, comparando sua experiência à de Alfredo Andersen, que deixou a Noruega para se integrar a um novo contexto cultural. "Assim como o Andersen, que saiu da Noruega e se inseriu em um novo contexto cultural, minha mudança para o Rio me trouxe uma nova perspectiva de vida", explicou o artista.
Descendente de imigrantes tchecos, cresceu em um bairro de Curitiba onde a diversidade cultural era evidente, convivendo com famílias de origem ucraniana, italiana e polonesa. Desde cedo, ele percebeu a necessidade de encontrar uma forma de expressão que transcendesse as barreiras linguísticas, optando pela arte como uma linguagem universal. “A imagem fala em qualquer cultura”, comenta.
Inspirado por coloristas como Matisse e Joan Miró, Svoboda explora as interações entre luz, sombra e cor, experimentando técnicas como têmpera, acrílica e esmaltes de porcelana. Durante sua residência, ele aprofunda sua produção em pintura, especialmente na representação do que vê pela cidade paranaense. “O que eu sinto precede o que eu penso”, destaca o artista, revelando como suas escolhas de cores e formatos são guiadas pela intuição.
O público pode acompanhar o processo de segunda a sexta, no período da tarde. Para atualizações sobre a residência, siga as redes sociais do Museu Casa Alfredo Andersen (@museualfredoandersen) e do artista (@jeffersonsbovoda).
RESIDÊNCIA – Desde 2019, o projeto de residência artística do Museu Casa Alfredo Andersen recebe artistas do Paraná, do Brasil e do mundo para temporadas de produção e interação com o acervo. Artistas como Rettamozzo, Alfi Vivern e o italiano Alberto Salvetti já passaram pelo ateliê, trazendo suas perspectivas ao diálogo com o espaço.